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quinta-feira, 24 de abril de 2014

Ronaldinho Gaúcho: um ano longe da Seleção

Ronaldinho Gaúcho não correspondeu na nova fase de Felipão


Quem é?


Jogador fez três jogos pelo Brasil na nova fase de Felipão


Desde 1999, meia-atacante atuou 102 vezes pela equipe canarinho


Nesta quinta-feira, dia 24, faz exatamente um ano que Ronaldinho Gaúcho jogou pela última vez pela Seleção Brasileira. A partida foi um empate de 2 a 2 com o Chile, no Mineirão, em que a equipe canarinho chegou a ser vaiada pela torcida mineira. Era o terceiro jogo de Ronaldinho sob o comando de Luiz Felipe Scolari, na segunda passagem do treinador no comando do Brasil. E, a atuação contra o Chile, tudo indica, foi decisiva para acabar com as chances de Ronaldinho estar na Copa do Mundo do Brasil, que começa em 49 dias.



Pior nota
Chile foi o último adversário de Ronaldinho
Nessa partida, o jogador do Atlético Mineiro não correspondeu às expectativas, principalmente por estar vivendo um bom momento em seu clube, como principal estrela do time que viria a conquistar a Taça Libertadores da América. "Pouco pegou na bola, e por isso, não conseguiu organizar o time", descreveu o Estadão ao atribuir nota 4 ao desempenho do jogador, a pior da equipe ao lado do zagueiro Dedé na avaliação do jornal. Nesse empate, os gols do Brasil foram anotados por Neymar (em jogada que teve a participação de Ronaldinho) e Réver.

Pênalti desperdiçado
Apesar de, aparentemente, ter sido nessa partida que Ronaldinho selou a sua sorte com Felipão, o jogador não havia ido bem também no seu primeiro jogo nessa nova fase do técnico, contra a Inglaterra, em 6 de fevereiro de 2013, no Estádio de Wembley. Era a reestreia do treinador na Seleção Brasileira. O time canarinho foi derrotado por 2 a 1 (Fred marcou para o Brasil). Ronaldinho perdeu um pênalti e teve sua atuação descrita da seguinte maneira pela Folha de S.Paulo: "Ronaldinho não entregou o que se esperava. Errou passes fáceis, desperdiçou um pênalti e acabou substituído por Lucas no intervalo".

Polêmica com Neymar
Contra Inglaterra, jogador perdeu pênalti e Brasil, o jogo
Pior ainda foi a polêmica que se criou já que o batedor oficial de pênalti na partida era Neymar. O ex-jogador santista, no entanto, estava trocando as chuteiras e Ronaldinho pegou a bola e seguiu para a marca da cal sem esperar o companheiro. "O combinado era o Neymar bater. Mas você não tira a bola de um jogador como o Ronaldinho e diz que vai cobrar", disse Felipão na coletiva depois do jogo. Na ocasião, o Estadão também foi bastante crítico em relação à atuação do jogador, atribuindo nota 3 ao seu desempenho. "Decepcionou. Não chamou o jogo para si e pecou pela falta de objetividade. E bateu mal o pênalti", descreveu o Estadão.

Boa atuação
Boa atuação contra a Bolívia
Dos três jogos que fez nessa nova etapa de Felipão na Seleção Brasileira, o único em que Ronaldinho teve boa atuação foi na vitória de 4 a 0 sobre a Bolívia, em 6 de abril de 2013, em Santa Cruz de La Sierra, adversário que se mostrou muito frágil. Dois dos gols do Brasil foram marcados por Neymar, um por Leandro Damião e o quarto por Leandro, atacante do Palmeiras. A equipe canarinho teve apenas jogadores que atuavam no Brasil. O Estadão destacou o desempenho de Ronaldinho, cuja atuação recebeu nota 8 (a melhor do jogo): "Exibiu toda a sua categoria sem deixar de ser objetivo. Motivado, ainda é bastante útil". A goleada sobre a Bolívia foi a primeira vitória de Felipão na sua nova fase na seleção. Antes, além da derrota para Inglaterra, havia empatado com Itália e Rússia.

Estreia com Luxemburgo
Estreia na Seleção ocorreu em 1999
Esses últimos três jogos não fazem, de maneira nenhuma, justiça a história de Ronaldinho Gaúcho na Seleção Brasileira, que teve início em 26 de junho de 1999, com vitória de 3 a 0 sobre a Letônia, em amistoso realizado na cidade de Curitiba, com gols de Ronaldo Fenômeno, Roberto Carlos e Alex, sob o comando do técnico Vanderlei Luxemburgo. No total foram 102 partidas pelo time principal, sendo que 97 são considerados jogos oficiais e cinco não oficiais (contra clubes ou combinados). No total, com a camisa amarela, Ronaldinho Gaúcho balançou as redes adversárias 35 vezes, a última delas em 11 de outubro de 2011, na Cidade do México, em amistoso que o Brasil venceu os donos da casa por 2 a 1 (o outro gol brasileiro foi anotado pelo lateral-esquerdo Marcelo). E, na biografia de Ronaldinho na Seleção Brasileira, não se pode esquecer o título de campeão mundial de 2002, o último conquistado pela equipe canarinho, justamente sob o comando de Felipão.



HÁ UM ANO

BRASIL 2 x 2 CHILE
Amistoso
Data: 24 de abril de 2013
Local: Mineirão
Brasil: Diego Cavalieri; Jean (Marcos Rocha), Dedé (Henrique), Réver e André Santos; Ralf (Fernando), Paulinho, Jadson (Osvaldo) e Ronaldinho Gaúcho; Neymar e Leandro Damião (Alexandre Pato). Técnico: Luiz Felipe Scolari
Chile: Johnny Herrera; Álvares, Rojas, Gonzáles e Mena; Leal, Meneses (Muños), Reyes e Cortés (Fuenzalida); Vargas (Robles) e Rubio (Figueroa). Técnico: Jorge Sampaoli
Gols: Gonzáles, aos 7 minutos, e Réver, aos 24 minutos do primeiro tempo; Neymar, aos 9 minutos, e Vargas, aos 19 minutos do segundo tempo

sábado, 19 de abril de 2014

Há 20 anos, o futebol perdia Dener

Dener surgiu na Lusa em 1991




Quem é?


Jogador da Lusa foi comparado a Pelé e Garrincha


Craque morreu em acidente de carro no Rio de Janeiro, onde defendia o Vasco


Dener não teve tempo de conquistar títulos a nível nacional ou de se projetar como craque para o mundo, com uma participação em Copa do Mundo, por exemplo, e, mesmo assim, foi comparado a Pelé e a Garrincha, os maiores ícones da história do futebol brasileiro. Hoje, ao falar dele, os antigos conhecidos o comparam com Neymar. Neste sábado, dia 19, faz 20 anos que o maior craque já revelado pela Portuguesa morreu vítima de um acidente de carro no Rio de Janeiro, cidade onde estava vivendo, emprestado pela Lusa ao Vasco.



Reizinho do Canindé
Jogador conquistou Taça São Paulo de Junior
O Reizinho do Canindé, como era chamado, despontou para o futebol com o título da Copa São Paulo de Futebol Junior de 1991, conquistado pela Portuguesa com vitória em todos os jogos. A final foi uma goleada por 4 a 0 sobre o Grêmio. Dener desfilou o seu talento, com dribles improváveis em velocidade e fintas curtas, na Portuguesa até 1993, quando foi emprestado ao Grêmio. É da época da Lusa os gols que mais marcaram a sua curta carreira. Dois são lembrados com mais frequência. O primeiro contra a Inter de Limeira, em vitória de 1 a 0 pelo Campeonato Paulista, em que o jogador partiu do meio de campo, em contra-ataque da Lusa, driblando até chegar ao gol do adversário. O outro em vitória contra o Santos, em que ele iniciou a jogada colocando a bola entre as pernas de um defensor, passou por outro adversário e depois pelo goleiro do Peixe para depois mandar para o fundo das redes. Nos profissionais da Lusa, Dener fez 86 jogos e marcou 33 gols.

Grêmio e Vasco
No Grêmio: Campeão Gaúcho
Foi no Grêmio que Dener conquistou o seu único título profissional em vida, o de Campeão Gaúcho de 1993. Atuou na equipe de Porto Alegre em 15 jogos e fez quatro gols. O outro título do Reizinho do Canindé veio pouco menos de um mês após sua morte: o Vasco, para que o jogador havia sido emprestado, conquistaria no dia 15 de maio o Tricampeonato Carioca (1992/93/94). Também no clube carioca Dener fez 15 partidas, nas quais anotou o total de cinco gols. O próximo clube do meia-atacante seria o Stuttgart. Segundo foi divulgado na época, a Lusa havia acertado a transferência do jogador para o time alemão por US$ 3 milhões e o direito de participar de um quadrangular que teria, além da equipe da Alemanha, o Barcelona e o PSV, da Holanda.

Seleção Brasileira
Vasco foi o último clube
Dener fez dois jogos pela Seleção Brasileira principal, convocado na curta passagem de Falcão no comando da equipe canarinho. Em ambos entrou no decorrer da partida. O primeiro deles em 27 de março de 1991, quando o Brasil empatou em 3 a 3 com a Argentina em Buenos Aires. Ele entrou no lugar de Luís Henrique, jogador do Bahia, que já havia substituído Cafu. O segundo jogo foi contra a Bulgária, em 28 de maio de 1991, partida em que entrou no lugar de Neto, quando o jogador corintiano já havia feito dois dos três gols brasileiros na vitória por 3 a 0. Entre essa duas partidas, o craque da Portuguesa havia ficado no banco na partida em que o Brasil venceu a Romênia por 1 a 0, em Londrina, no dia 17 de abril

Comparações
Comparado a Pelé, Garrincha e Neynar
No dia seguinte a morte de Dener entre as tantas declarações publicadas pela imprensa havia as inevitáveis comparações com os maiores craques que o Brasil já teve. O bicampeão mundial Pepe, que comandou Dener ao treinar a Portuguesa no início da década de 1990 afirmou que o jovem craque "foi o jogador que mais se aproximou de Pelé, em relação ao talento", segundo publicou a Folha de S.Paulo. Já o jornalista Armando Nogueira escreveu em sua coluna no Estadão: "Desde Garrincha, ninguém driblou neste mundo com a graça e a audácia de Dener". Recentemente, em reportagem publicada no site G1, o ex-centroavante Sinval, companheiro de Dener na conquista da Taça São Paulo de Junior de 1991, afirmou que Dener era parecido com Neymar. "Mas acho que ele fazia menos firula, era mais objetivo, mais participativo", comparou.


quarta-feira, 16 de abril de 2014

Brasileirão 2014 terá seis ex-artilheiros

Éderson conquistou artilharia do Brasileirão em 2013


História da taça


Goleadores de edições passadas buscam novas glórias


Keirrison, Diego Tardelli, Fred, Éderson, Souza e Borges já brilharam no torneio


Dos 12 jogadores que se sagraram artilheiros do Campeonato Brasileiro nos últimos 10 anos, metade vai disputar a Série A este ano. Desses seis, quatro vestem a mesma camisa que os consagrou como goleadores do Brasileirão: Keirrison (artilheiro do torneio de 2008 pelo Coritiba com 21 gols); Diego Tardelli (pelo Atlético, em 2009, com 19 gols); Fred (pelo Fluminense, em 2012, com 20 gols); e Éderson (goleador do ano passado pelo Atlético-PR com 21 gols). Os dois que estão em outros clubes são Souza (artilheiro em 2006, pelo Goiás, com 17 gols) que está no Vitória; e Borges (goleador de 2011, com 23 gols, pelo Santos), do Cruzeiro.


Desempenho em 2013
Borges fez dez gols no ano passado
Dos seis jogadores citados, depois do goleador Éderson, o que teve melhor desempenho em 2013 foi o cruzeirense Borges, que, ao lado do meia Ricardo Goulart, foi o artilheiro do campeão brasileiro com dez gols, 11 a menos que o matador do Atlético-PR. Entre os seis, o terceiro colocado na artilharia foi Diego Tardelli, que balançou as redes adversárias sete vezes, ficando com a vice-artilharia do Galo, com um gol a menos que Alecsandro, goleador máximo do time mineiro. Na outra ponta da tabela, Souza (defendendo o Bahia) foi o que teve pior desempenho ao passar em branco no Brasileirão do ano passado. Já Keirrison fez um gol, enquanto Fred balançou as redes adversárias três vezes.

Saíram e voltaram
Tardelli voltou para o Atlético
Dos quatro jogadores que defendem o mesmo time de quanto se sagraram artilheiros, dois saíram do clube e retornaram em 2013. E vivem fases completamente distintas. Diego Tardelli é titular e ídolo do Atlético-MG após deixar o clube em 2011 (dois anos após conquistar a artilharia do Brasileirão) e retornar no ano passado. Nesses dois anos passou Anzhi, da Rússia, e pelo Al-Gharafa, do Catar. Já Keirrison tenta recuperar o bom futebol, e no período que esteve longe do Coritiba, sofreu uma grave contusão. Um ano após se sagrar goleador do Brasileirão 2008 (empatado com Washington, do Fluminense, e Kléber Pereira, do Santos), o atacante foi para o Palmeiras, e depois para fora do País (onde defendeu Benfica e Fiorentina). Retornou ao Brasil em 2010, com passagens apagadas por Santos e Cruzeiro.


ONDE JOGAM
Os artilheiros dos 10 últimos brasileirões


2004 - Washington (Atlético-PR) - 34 gols
Em 2014 - Aposentado


2005 - Romário (Vasco) - 22 gols
Em 2014 - Aposentado


2006 - Souza (Goiás) - 17 gols
Em 2014 - VITÓRIA


2007 - Josiel (Paraná) - 20 gols
Em 2014 - INTER DE SANTA MARIA (RS)


2008 - Keirrisson (Coritiba) - 21 gols
Em 2014 - CORITIBA

Washington (Fluminense) - 21 gols
Em 2014 - Aposentado


Kléber Pereira (Santos) - 21 gols
Em 2014 - MOTO CLUBE (MA)


2009 - Diego Tardelli (Atlético-MG) - 19 gols
Em 2014 - ATLÉTICO-MG 

Adriano (Flamengo) - 19 gols
Em 2014 - Sem clube


2010 - Jonas (Grêmio) - 23 gols
Em 2014 - VALENCIA (Espanha)


2011 - Borges (Santos) - 23 gols
Em 2014 - CRUZEIRO


2012 - Fred (Fluminense) - 20 gols
Em 2014 - FLUMINENSE


2013 - Éderson (Atlético-PR) - 21 gols
Em 2014 - ATLÉTICO-PR

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Inter de Limeira foi o primeiro campeão do Interior

Inter de Limeira campeão em 1986 fez a melhor campanha do torneio


História da taça


Clube venceu o Palmeiras na final de 1986


Kita e Tato marcaram na final disputada no Estádio do Morumbi


A final do Campeonato Paulista deste ano foi a segunda na história da competição em que um time pequeno bateu um dos grandes na decisão da competição. O primeiro time do Interior do Estado a levantar a taça superando um dos tradicionais foi a Inter de Limeira, em 1986, que derrotou o Palmeiras na decisão. Além desses dois, outros três títulos foram conquistados por equipes "menores": Bragantino (em 1990, batendo o Novorizontino na final); o próprio Ituano (em 2002, em campeonato que não teve a participação dos grandes); e o São Caetano (em 2004, em que venceu o Paulista de Jundiaí na final).



Melhor campanha
Palmeiras e Inter jogaram quatro
 vezes no Paulistão de 1986
O Inter de Limeira garantiu sua participação na decisão do Campeonato Paulista de 1986 ao terminar o segundo turno da competição em primeiro lugar. Também foi a equipe que mais somou pontos na soma dos dois turnos, garantindo assim, a vantagem do empate das semifinais até as finais. Foram para as semifinais também o Santos (vencedor do primeiro turno, mas de pior campanha entre os quatro finalistas na soma dos dois turnos), o Corinthians e o Palmeiras. O Inter garantiu sua vaga na final ao bater o Santos duas vezes (2 a 0 e 2 a 1). Já o Palmeiras perdeu o primeiro jogo da semifinal para o Corinthians por 1 a 0, mas ficou com a vaga ao bater o clube alvinegro por 3 a 0 na segunda partida.


Melhor campanha
Pepe dirigiu o Inter de Limeira na conquista de 1986
O Inter de Limeira, que tinha como técnico o bicampeão mundial Pepe - que já havia conquistado um Campeonato Paulista como treinador pelo Santos em 1973 (dividido com a Portuguesa) -, garantiu sua participação na decisão do Campeonato Paulista de 1986 ao terminar o segundo turno da competição em primeiro lugar. Também foi a equipe que mais somou pontos na soma dos dois turnos, garantindo assim, a vantagem do empate das semifinais até as finais. Foram para as semifinais também o Santos (vencedor do primeiro turno, mas de pior campanha entre os quatro finalistas na soma dos dois turnos), o Corinthians e o Palmeiras. O Inter garantiu sua vaga na final ao bater o Santos duas vezes (2 a 0 e 2 a 1). Já o Palmeiras perdeu o primeiro jogo da semifinal para o Corinthians por 1 a 0, mas ficou com a vaga ao bater o clube alvinegro por 3 a 0 na segunda partida.

Derrota na estreia
Kita foi o artilheiro do campeonato
O time de Limeira iria fazer a final justamente com o time contra quem havia estreado no campeonato. E a estreia não havia sido nada boa, com o Palmeiras batendo o Inter por 3 a 1. No segundo turno, o time do Interior bateu a equipe do Parque Antártica por 1 a 0. O Inter tinha um ataque de qualidade (foi o melhor da competição com 59 gols) com Tato, Lê e Kita (que se sagraria artilheiro do torneio com 24 gols). Além disso, tinha a vantagem de ficar com a taça com três empates (no tempo normal dos dois jogos e na prorrogação do segundo). Apesar disso, o Palmeiras, que já estava há nove anos sem conquistar o Campeonato Paulista, entrava na decisão como favorito. Tinha um time que tinha jogadores consagrados como Jorginho, Éder, Mirandinha e Edmar. Além disso, as duas partidas da final seriam disputadas no Morumbi.

Empate
O primeiro jogo da decisão - em 31 de agosto, com o Morumbi recebendo 104 mil torcedores - terminou 0 a 0, com poucas chances de gol para ambos os lados. O Inter saiu comemorando como o primeiro passo rumo ao título, enquanto o Palmeiras deixou o campo com um discurso bastante parecido com o do Santos na final deste ano (com o técnico Oswaldo de Oliveira dizendo que o Peixe não faria dois jogos ruins sem seguida). Em 1986, quem deu a declaração menosprezando o adversário foi o presidente do Palmeiras, Nelson Duque: "O Palmeiras não jogou metade do que pode. Em compensação, o Inter mostrou tudo o que sabe", afirmou.

Vitória no 2º tempo
Tato fez o segundo
gol do Inter na final
E realmente o Palmeiras estava melhor no segundo jogo, perante mais de 78 mil torcedores. No primeiro tempo, o time do Parque Antártica levou perigo ao gol defendido por Silas em pelo menos quatro oportunidades, a principal delas uma bola mandada no travessão por Eder em cobrança de falta aos 15 minutos. Já o Inter teve apenas uma chance mais aguda, quando Gilberto Costa, cobrando falta, mandou na trave do gol defendido por Martorelli aos 41 minutos. No segundo tempo, o Inter voltou melhor e praticamente definiu o jogo em oito minutos: aos 5 minutos, Kita abriu o marcador após receber passe de cabeça de João Batista; aos 8 minutos, Tato aproveitou que o lateral-esquerdo Denys falhou ao recuar uma bola para Martorelli, dominou, passou pelo goleiro e fez 2 a 0. O Palmeiras fez o seu gol de honra aos 29 minutos com Amarildo mandando para o fundo das redes após escanteio cobrado por Éder. O time do Parque Antártica ainda pressionou, mas não conseguiu impedir que o Inter fosse o primeiro time do Interior a conquistar o Campeonato Paulista.


FICHA DO JOGO
FINAL DO CAMPEONATO PAULISTA DE 1986
Inter de Limeira 2 x 1 Palmeiras
Local: Estádio do Morumbi
Data: 3 de setembro de 1986
Inter: Silas; João Luís, Juarez, Bolívar e Pecos; Manguinha, Gilberto Costa e João Batista (Alves); Tato, Kita e Lê (Carlos Silva). Técnico: Pepe
Palmeiras: Martorelli; Diogo (Ditinho), Márcio, Amarildo e Denys; Lino (Mendonça), Gérson Caçapa e Jorginho; Edmar, Mirandinha e Éder. Técnico: Carbone
Gols: Kita, aos 5; Tato, aos 8; e Amarildo, aos 29 minutos do segundo tempo

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Oswaldo de Oliveira bateu Ituano em final de 2002

Oswaldo de Oliveira venceu final do
Ituano comandando o São Paulo


História da taça


Técnico conquistou o Supercampeonato Paulista


Treinador tinha assumido o comando do São Paulo havia menos de um mês


A decisão entre Santos e Ituano é a segunda final em que o técnico Oswaldo de Oliveira encara o time de Itu. Na primeira oportunidade, em 2002, o treinador levou vantagem e faturou com o time do São Paulo o Supercampeonato Paulista. Naquele ano, os grandes times de São Paulo não participaram do Campeonato Paulista, se dedicando exclusivamente ao Torneio Rio-São Paulo. O Supercampeonato foi criado para confrontar os três melhores paulistas do Rio-São Paulo contra o vencedor do Paulistão, que teve apenas clubes do Interior e foi conquistado pelo Ituano.



Recém-contratado
Júlio Baptista marcou no primeiro jogo
O São Paulo entrou na competição com o peso de ter perdido a final do Rio-São Paulo para o Corinthians. Conquistou o direito de disputar a final do Supercampeonato Paulista ao bater o Palmeiras. Já o Ituano encarou o Corinthians na luta pela outra vaga na decisão, e despachou o time do Parque São Jorge. O primeiro jogo da decisão foi disputado no dia 26 de maio, no Estádio Novelli Júnior, em Itu, 14 dias após o Tricolor perder a final para o Corinthians. Recém-contratado, Oswaldo de Oliveira havia assumido o time logo após a derrota do Tricolor no Rio-São Paulo, que custou o emprego do técnico Nelsinho Batista. O primeiro jogo da decisão terminou 2 a 2, com Fernando Gaúcho e Basílio anotando para o Ituano e Reinaldo e Júlio Baptista para o Tricolor.

Goleada tricolor
Adriano fez dois gols
Com o resultado conquistado em Itu, ao contrário do que ocorre na decisão atual, uma vitória simples bastava para o Tricolor levar a taça. Mas o São Paulo goleou por 4 a 1 na decisão, disputada no dia 30 de maio no Estádio do Morumbi, mesmo desfalcado de meio time - Rogério Ceni, Belletti e Kaká estavam servindo a Seleção Brasileira que naquele ano conquistaria o pentacampeonato mundial; França e Dill, machucados; Gustavo Nery e Júlio Baptista, que participaram do primeiro jogo, estavam suspensos por terem tomado o segundo cartão amarelo. A equipe de Oswaldo de Oliveira começou a partida sendo acuada pelo Ituano, mas o time do interior não soube aproveitar a sua superioridade inicial, e foi castigado com dois gols de falta marcados por Adriano aos 18 e 43 minutos do primeiro tempo.

Nelsinho Batista
Nelsinho Batista foi lembrado
No segundo tempo, o São Paulo voltou melhor e ampliou o marcador para 4 a 0, com gols de Reinaldo aos 21 e Sandro Hiroshi aos 27 minutos. O Ituano faria o seu gol de honra aos 32 minutos do segundo tempo, com Basílio. Na comemoração do título, vários jogadores dedicaram a taça ao técnico Nelsinho Batista, considerado o artífice da equipe. O próprio Oswaldo de Oliveira reconheceu o trabalho do antecessor. "Eu apenas dei continuidade ao que ele vinha fazendo, Parabéns Nelsinho", afirmou, segundo publicou a Folha de S.Paulo na época. Já o Estadão publicou que o treinador dedicou a conquista ao antecessor: "Esse título eu dedico ao Nelsinho, do fundo do meu coração".


FICHA DA FINAL
São Paulo 4 x 1 Ituano
Supercampeonato Paulista 2002
Data: 30 de maio de 2002
Local: Estádio do Morumbi
São Paulo: Roger; Gabriel, Émerson, Jean e Lino; Maldonado, Fábio Simplício, Lúcio Flávio (Souza) e Adriano; Sandro Hiroshi (Oliveira), Reinaldo (Rafael). Técnico: Oswaldo de Oliveira.
Ituano: André Luís; Giuliano (Silvinho), Erivélton, Vinícios e Lúcio; Pierre, Everaldo, Elson e Juliano (Tita); Basílio e Fernando Gaúcho (Lelo). Técnico: Ademir Fonseca.
Gols: Adriano, aos 18 e 43 minutos do primeiro tempo; Reinaldo, aos 21, Sandro Hiroshi, aos 27, e Basílio, aos 32 minutos do segundo tempo.

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Elias chega ao Corinthians para esquecer a Europa

Depois de quase quatro anos, Elias volta ao Corinthians


Quem é?


Volante viveu estiagem de títulos no exterior


Na volta ao País, jogando pelo Flamengo, foi campeão da Copa do Brasil


A volta de Elias ao Corinthians, confirmada nesta semana, representa para o jogador a continuidade de um trabalho de recuperação em relação ao período de escassez de conquistas que viveu durante sua passagem pela Europa. Entre o fim de 2010, quando saiu do clube do Parque São Jorge, e meados de 2013, quando retornou ao futebol Brasileiro (para defender o Flamengo), o volante não levantou uma taça, apesar de ter tido participação quase nula na conquista da Copa da Uefa 2011/2012. A alegria das conquistas ressurgiu com a volta ao Brasil, com o título da Copa do Brasil pelo rubro-negro carioca no ano passado.



Formado no Palmeiras
Ídolo da torcida corintiana, Elias foi formado pelas categorias de base do Palmeiras, mas a oportunidade como profissional surgiu no Náutico. Antes de chegar no Parque São Jorge, passou ainda por São Bento, Juventus (SP) e Ponte Preta. No Timão, o jogador ficou "mal acostumado" quando falamos de títulos. Conquistou o campeonato da Série B em 2008, e o Paulista e a Copa do Brasil em 2009. E, em 2010, chegou à Seleção Brasileira, comandada por Mano Meneses.

Dois jogos na Copa da Uefa pelo Atlético de Madrid
Estiagem de títulos
A fase na Europa - onde defendeu o Atlético de Madrid e o Sporting, de Portugal - não foi nada parecida com a vivida no Corinthians. O único título do qual participou foi o da Copa da Uefa 2011/12, conquistado pelo clube espanhol, e, mesmo assim, seu papel foi mínimo. O volante atuou em dois dos quatro jogos do Atlético de Madrid na fase pré-grupos. Ambos contra o Guimarães e, nas duas oportunidades, tendo começado a partida no banco. Em um dos jogos fez os dois gols da vitória de seu time por 2 a 0. A participação de Elias na competição foi interrompida antes da fase de grupos pois seu passe foi negociado com o Sporting. Os resultados nos campeonatos nacionais também não foram animadores: em 2010/11 ficou em sétimo com o Atlético de Madrid no Espanhol; em 2011/12, quarto no Português com o Sporting; e em 2012/13 (quando participou apenas de parte da temporada) o Sporting terminou em sétimo.

Campeão com o Flamengo
Campeão no Flamengo
A volta para o futebol brasileiro no ano passado, para defender o Flamengo, mostrou que o volante não havia desaprendido o caminho das conquistas. Com o rubro-negro, Elias faturou a Copa do Brasil. O jogador foi o autor de um dos gols da vitória por 2 a 0 no segundo jogo da final contra o Atlético-PR. Ele balançou as redes do adversário aos 42 minutos do segundo tempo, mandando para o gol de perna direita após passe de Paulinho na grande área. O segundo gol foi marcado por Hernane já nos acréscimos. Elias foi o vice-artilheiro da Copa do Brasil ao lado de outros três jogadores, com cinco gols, três a menos que o goleador máximo da competição, seu colega de clube Hernane.



PRINCIPAIS TÍTULOS DE ELIAS

Copa da Uefa 
(2012 - Atlético de Madrid)

Copa do Brasil 
(2009 - Corinthians e 2013 - Flamengo)

Campeonato Paulista 
(2009 - Corinthians)

Campeonato Brasileiro Série B 
(2008 - Corinthians)


segunda-feira, 7 de abril de 2014

Cruyff tirou Barcelona de 13 anos de fila em 1974



Cruyff chegou ao Barcelona em 1973 e no ano seguinte foi campeão

História da taça


Time conquistou taça com 5 rodadas de antecedência


Craque holandês, tricampeão europeu, foi a contratação mais cara da época


Quem vê hoje o Barcelona, de Messi, Iniesta, Xavi, Neymar e Daniel Alves, entre tantos outros craques, nem de longe imagina o clube catalão amargando uma fila de 13 anos no Campeonato Espanhol. Pois foi isso o que aconteceu entre as décadas de 1960 e 1970, quando a seca foi quebrada graças a chegada de um craque, o holandês Johan Cruyff, e ao comando de um técnico genial, o também holandês Rinus Michels. Com eles, e um punhado de bons talentos espanhóis, há 40 anos, o Barcelona colocou fim a esse jejum ao conquistar o Campeonato Espanhol da temporada 1973/74.




Rinus Michels
Rinus Michels orienta Cruyff
Antes desse título, e ainda sem os holandeses, o Barcelona havia conquistado a Copa do Rei da temporada 1970/71. O Campeonato Espanhol, mesmo, o último havia sido na competição de 1959/60. Nesse período, viu o Real Madrid levantar a taça nove vezes, o Atlético de Madrid, três vezes, e o Valência em uma oportunidade. Rinus Michels, o criador do futebol total, que comandaria o incrível Carrossel Holandês da Copa de 1974, chegou ao Barcelona em 1971. Cruyff demoraria mais dois anos. A chegada ao clube basco, em 1973, foi a maior negociação do futebol mundial. O craque holandês chegava trazendo na bagagem, entre outros títulos, as três últimas Copa dos Campeões da Europa conquistadas pelo Ajax.

5 a 0 no Real
Cruyff conquistou dois títulos com a camisa do Barcelona
Ao lado de Cruyff, jogavam naquele time do Barcelona craques como Juan Manuel Asensi, Carles Rexach e Hugo Sotil. O time foi conquistado com cinco rodadas de antecedência com uma vitória sobre o Gijón por 4 a 2 no dia 7 de abril de 1974, mesmo jogando fora de casa. Com o resultado, o Barcelona chegava a 45 pontos, 11 a mais que Atlético de Madrid e Zaragoza, os vice-líderes. Como, na época, a vitória valia apenas dois pontos, o máximo que conseguiriam alcançar era 44. A campanha do time catalão teve outras vitórias expressivas, mas a principal, provavelmente, foi os 5 a 0 sobre o Real Madrid, em pleno Santiago Bernabéu, na qual Cruyff foi o autor de um dos gols.

Copa do Rei
O começo brilhante e a empatia que o holandês teve com a torcida, no entanto, não chegaram a se refletir em grande número de conquistas. Depois daquela taça, a única que o craque holandês levantaria pela equipe seria a Copa do Rei da temporada 1977/78.


PRINCIPAIS TÍTULOS DE CRUYFF

9
Campeonatos Holandeses
(1966, 1967, 1968, 1970, 1972, 1973, 1982 e 1983 pelo Ajax; e 1984 pelo Feyenoord)

Copas da Holanda
(1967, 1970, 1971, 1972, 1982 e 1983 pelo Ajax; e 1984 pelo Feyenoord)

3
Copas dos Campeões da Europa
(1971, 1972 e 1973 pelo Ajax)

1
Campeonato Espanhol
(1974 pelo Barcelona)

1
Copa do Rei
(1978 pelo Barcelona)

1
Mundial Interclubes
(1972 pelo Ajax)

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Herói do título carioca de 2004 virou andarilho


Jean foi revelado pelas categorias de base do Flamengo

História da taça

Jean marcou os três gols da final contra o Vasco


Depois da conquista, atacante passou por diversos clubes sem sucesso


O grande nome da última decisão entre Flamengo e Vasco não joga em um grande clube há muito tempo. Herói da vitória rubro-negra por 3 a 1 no segundo jogo da final do Campeonato Carioca de 2004, que completa 10 anos no próximo dia 18, o atacante Jean defendeu um dos chamados grandes do futebol brasileiro pela última vez em 2009, quando atuou no Santos. Atualmente, o jogador, formado nas categorias de base do Flamengo, está no Macaé, que terminou o Campeonato Carioca deste ano na sétima colocação, com participação apagada de Jean.



Gols no segundo tempo
Flamengo conquistou o título com duas vitórias sobre o Vasco em 2004
O Flamengo venceu os dois jogos das finais do Campeonato Carioca de 2004. Na primeira partida, o time da Gávea bateu o Vasco por 2 a 1, com Rafael e Fábio Eller marcando para o rubro-negro e Coutinho para a equipe de São Januário. Para o segundo jogo, o Flamengo levava a vantagem do empate, mas logo aos dois minutos do primeiro tempo o centroavante Valdir abriu o marcador para o Vasco, comandado pelo técnico Geninho. A primeira etapa terminou com o Flamengo do técnico Abel Braga em desvantagem. A estrela de Jean brilhou no segundo tempo. Logo aos quatro minutos ele igualou o placar após aproveitar uma bola que sobrou na grande área. Aos 28 minutos, o atacante fez o gol que virou o placar depois de receber passe de Zinho na grande área. Jean deu números finais ao marcador aos 32 minutos, quando anotou o seu gol mais bonito: o atacante recebeu na entrada da área, driblou o zagueiro vascaíno e chutou na saída do goleiro.

Artilheiro do Flamengo
Jean foi o artilheiro do time
Aquele título carioca foi o único de expressão na carreira de Jean. Naquele torneio, foi o artilheiro do Flamengo com oito gols, e vice-goleador da competição com seis gols a menos que Valdir, do Vasco. Depois daquela temporada, o atacante virou um andarilho. Uma das decepções foi o vice-campeonato mineiro de 2005, quando era reserva do Cruzeiro, mas entrou nos dois jogos da decisão, disputada contra o Ipatinga, que ficou com a taça ao empatar o primeiro jogo em 1 a 1 e vencer o segundo por 2 a 1. Os outros grandes clubes defendidos por Jean foram Vasco (2006 e 2008), Corinthians (2007), Fluminense (2007) e Santos (2009), sem levantar uma taça sequer. No exterior, jogou em clubes da Rússia e Emirados Árabes.



FICHA DO JOGO
Vasco 1 x 3 Flamengo
Final do Campeonato Carioca de 2004 - 2º jogo
Local: Estádio do Maracanã
Data: 18 de abril de 2004
Vasco: Fábio; Claudemir (Cadu), Fabiano (Júnior), Henrique e Victor Boleta; Ygor, Rodrigo Souto, Coutinho e Beto (Donizete); Róbson Luiz e Valdir. Técnico: Geninho
Flamengo: Júlio César; Rafael (Reginaldo Araújo), Henrique,Fabiano Eller e Roger; Róbson, Douglas, Ibson e Zinho; Jean (Jônatas) e Felipe. Técnico: Abel Braga.(Tiago);
Gols: Valdir, aos 2 minutos do primeiro tempo; Jean, aos 4, 28 e 32 minutos do segundo tempo.


quinta-feira, 3 de abril de 2014

O último título de Telê: Recopa Sul-americana 1994


Telê Santana comandou o São Paulo de 1990 a 1996


História da Taça


São Paulo venceu o Botafogo por 3 a 1 na decisão


Pouco mais de um ano após a conquista, o técnico deixou o clube do Morumbi


Há 20 anos, no dia 3 de abril de 1994, o São Paulo conquistava o bicampeonato da Recopa Sul-Americana, o último título de expressão da vitoriosa carreira do técnico Telê Santana. O time do Morumbi faturou a taça com uma vitória por 3 a 1 sobre o Botafogo carioca, em jogo disputado na cidade de Kobe, no Japão. Era o sétimo título internacional do mestre Telê à frente do São Paulo em três anos. Naquele mesmo ano, a equipe paulista ganharia a Copa Conmebol, mas nesse torneio o clube mandava a campo o seu time B, o chamado Expressinho, que era dirigido por Muricy Ramalho, aprendiz de Telê.



Campeão da Libertadores
Leonardo abriu o marcador
O São Paulo conquistou o direito de disputar a Recopa Sul-Americana por ter faturado a Taça Libertadores da América de 1993 - sobre o Universidad Católica, do Chile. Na verdade, naquele ano também havia faturado a Supercopa da Libertadores, e ficaria automaticamente com o título da Recopa, mas para atender aos interesses de patrocinadores o Botafogo foi qualificado como campeão da Copa Conmebol de 1993 como o segundo time na disputa. O São Paulo foi muito superior à equipe carioca e abriu o marcador aos 12 minutos do primeiro tempo com gol de Leonardo.


Botafogo reagiu no segundo tempo, mas foi derrotado
Segundo tempoNa segunda etapa, o Botafogo voltou melhor e passou a dar trabalho para o goleiro Zetti. O time do Rio de Janeiro, comandado pelo técnico Dé, chegou ao empate aos 24 minutos em cobrança de pênalti sofrido por Túlio e convertido por Roberto Cavalo. O São Paulo voltou a ficar à frente do placar quatro minutos depois, com um gol do atacante Guilherme após cobrança de escanteio de Juninho Paulista. Antes de fazer o gol que selaria o placar, o Tricolor ainda tomou um susto. O volante Doriva tirou de cabeça, em cima da linha do gol, uma bola que iria para o fundo das redes do Tricolor. O terceiro gol são-paulino foi marcado aos 41 minutos por Euller.


Telê colecionou títulos
Títulos no Tricolor
Menos de dois anos após a conquista desse título, Telê Santana deixaria o São Paulo devido a problemas de saúde, havia sofrido uma isquemia cerebral. No período em que esteve no Tricolor, que o contratou em 1990, o técnico conquistou duas vezes o Mundial Interclubes (1992 e 1993); duas vezes a Libertadores (1992 e 1993); duas vezes a Recopa Sul-Americana (1993 e 1994); uma vez a Supercopa Libertadores (1993); uma vez o Campeonato Brasileiro (1991); e duas vezes o Campeonato Paulista (1991 e 1992). Após deixar o Tricolor, Telê não conseguiu mais voltar ao futebol por causa da saúde fragilizada. O técnico morreu em Belo Horizonte, no dia 21 de abril de 2006, aos 74 anos.




FICHA DA DECISÃO

São Paulo 3 x 1 Botafogo 

Recopa Sul-Americana
Data: 3 de abril de 1994
Local: Estádio Universitário de Kobe (Japão)
São Paulo: Zetti; Vitor, Válber, Junior Baiano e André; Doriva, Cafu (Excel), Palhinha (Juninho Paulista) e Leonardo; Euller e Guilherme. Técnico: Telê Santana.
Botafogo: Wagner; André, Gottardo, Perivaldo e Márcio; Eduardo, Fabiano (Róbson), Roberto Cavalo, Grizzo (Marcelo) e Sérgio Manoel; Túlio. Técnico: Dé.
Gols: Leonardo, aos 12 minutos do primeiro tempo; Roberto Cavalo (pênalti), aos 24; Guilherme, aos 28; e Euller, aos 41 minutos do segundo tempo.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Ituano campeão revelou Richarlyson e Pierre

Richarlyson (em pé a direita) e Pierre (agachado
a esquerda) no Ituano de 2002

História da taça


Time de Itu conquistou Paulistão em 2002


Naquele ano, torneio não teve a participação dos grandes clubes do Estado


Campeão Paulista em 2002, em um torneio que não contou com a participação dos grandes clubes, o Ituano - que este ano decide o título Paulista com o Santos - revelou naquela competição dois jogadores que acabariam por conquistar a América 11 anos após levantarem aquela sua primeira taça como profissionais. Richarlyson e Pierre, campeões da Libertadores da América pelo Atlético Mineiro no ano passado, começaram a ganhar projeção no futebol naquela equipe da cidade de Itu. Richarlyson, então com 19 anos, inclusive, foi titular no jogo que garantiu o título: a vitória sobre o América de São José do Rio Preto por 1 a 0, na casa do adversário. Na época, o jogador atuava no meio de campo.


Ituano comemora conquista do Paulistão 2002
Sem os grandes
Doze times participaram daquele Campeonato Paulista. Corinthians, São Paulo, Palmeiras, Santos, Portuguesa, Paulista, Ponte Preta, Guarani e São Caetano não disputaram a competição para se dedicarem exclusivamente ao Torneio Rio-São Paulo. Depois, os três melhores paulistas do Rio-São Paulo (Corinthians, São Paulo e Palmeiras) e o campeão do Campeonato Paulista disputaram o Supercampeonato Paulista, que acabou ficando com o Tricolor do Morumbi.

Última rodada
A última rodada do Campeonato Paulista daquele ano foi disputada no mesmo dia da final do Torneio Rio-São Paulo (vencido pelo Corinthians), em 12 de maio. Quatro times chegaram à rodada final do torneio em condições de levantar a taça: Ituano (37 pontos), União São João (36), Rio Branco e Juventus (ambos com 34). O gol que garantiu o título ao Ituano foi marcado aos 40 minutos do segundo tempo pelo zagueiro Silvinho, que havia iniciado a partida no banco e entrou no lugar do meia Tita. O Ituano terminava o campeonato com 11 vitórias, sete empates e quatro derrotas.


Richarlyson jogava no meio
Richarlyson
Depois da conquista do Campeonato Paulista pelo time de Itu, Richarlyson e Pierre ainda demoraram um pouco para serem contratados por um grande clube. Richarlyson conquistou a chance primeiro: foi contratado pelo São Paulo em 2005. Antes disso, após o título com o Ituano, passou pelo Santo André, Fortaleza e Red Bull Salzburg (Áustria). Logo no primeiro ano de Tricolor do Morumbi, foi Campeão Mundial Interclubes, apesar de não ter jogado: ficou no banco nas partidas contra Al Ittihad da Arábia Saudita (semifinal) e Liverpool da Inglaterra (final). No São Paulo conquistou os títulos de Campeão Brasileiro em 2006, 2007 e 2008. Transferiu-se para o Atlético-MG em 2011 e pelo Galo, além da Libertadores de 2013, foi Campeão Mineiro em 2012 e 2013.

Pierre integrava o elenco
Pierre
Pierre, que não atuou no jogo decisivo do Campeonato Paulista 2002, teve sua chance em um grande clube dois anos após o Richarlyson. Foi contratado pelo Palmeiras em 2007. Antes disso, e depois do Ituano, defendeu o Paraná Clube, onde conquistou o Campeonato Paranaense de 2006. No Verdão, foi Campeão Paulista de 2008. Mas, a melhor fase de sua carreira foi mesmo no Atlético-MG, aonde chegou no mesmo ano que Richarlyson, em 2011, e levantou as mesmas taças que o ex-colega de Ituano e novamente companheiro no Galo.







JOGO DECISIVO DO PAULISTÃO 2002

América 0x1 Ituano
Data: 12 de maio de 2002
Local: Teixeirão (São José do Rio Preto)
Árbitro: Romildo Corrêa (SP)
AMÉRICA: Edney, Gílson, Cláudio, Carlão e Guilherme; Perivaldo, Batata, Almir e Toninho (Barole); Reinaldo (Benê) e Paulinho (Tales). Técnico: Márcio Rossini
ITUANO: André Luiz; Giuliano, Vinícius, Erivélton e Lúcio; Everaldo, Richarlyson (André Bocão), Élson e Tita (Silvinho); Basílio e Fernando Gaúcho (Lelo). Técnico: Ademir Fonseca
Gol: Silvinho 40' do 2º