Grafite fez dois gols na estréia do Santa Cruz do Brasileirão
Quem é?
Último no torneio gol havia sido pelo São Paulo em 2004
Fazia
onze anos e cinco meses que o artilheiro Grafite não balançava as redes em um
jogo pelo Campeonato Brasileiro. O atacante do Santa Cruz, autor de dois gols
na vitória por 4 a 1 sobre o Vitória, havia movimentado o placar pela última
vez na competição em dezembro de 2004, quando defendia o São Paulo. O jogo foi
o empate em 1 a 1 com o Flamengo no Morumbi. Para acharmos a última vez que
Grafite marcou dois gols em um Brasileirão basta voltar apenas mais um mês:
novembro de 2004, em partida que o São Paulo bateu o Botafogo por 5 a 2.
Foi
no São Paulo que Grafite ganhou projeção internacional, a ponto de ser
contratado pelo Le Mans, da França, em 2006 - depois, antes de voltar ao
Brasil, atuou também pelo Wolfsburg (Alemanha), Al Ahli (Emirados Árabes)
e Al-Sadd (Catar). Revelado pela Motonense, teve
passagens por Ferroviária, Santa Cruz, Grêmio e Goiás, além do Anyang, da
Coréia do Sul, antes de desembarcar no Tricolor. Chegou no clube do Morumbi em
2004, e no ano seguinte participou da conquista da Libertadores e do Mundial
Interclubes. Na campanha do título continental fez quatro gols, um a menos que
os artilheiros do Tricolor na competição - o goleiro Rogério Ceni e o
centroavante Luisão. Também fizeram quatro gols Cicinho e Diego Tardelli. No
mundial interclubes, conquistado pelo São Paulo com vitória por 1 a 0 sobre o
Liverpool, Grafite ficou no banco nos dois jogos, mas entrou no fim do segundo
tempo em ambos.
Grafite fez gol no empate com o Flamengo em 2004
No
Brasileirão de 2004, quando Grafite havia feito seu último gol pela competição,
o São Paulo terminou na terceira colocação - o Santos foi campeão - e o
atacante foi o artilheiro do time com 17 gols, metade dos anotados pelo
goleador máximo da competição, Washington, do Atlético Paranaense. Naquele
jogo, pela penúltima rodada do torneio e jogando em casa, o São Paulo entrou em
campo ainda com chances de ser campeão. Se tivesse vencido, o Tricolor chegaria
a rodada final com 84 pontos, um a menos que o Atlético Paranaense
(vice-campeão) e dois a menos que o Santos. No entanto, dirigido por Leão, o
time do Morumbi sofreu 1 a 0 aos 13 minutos do primeiro tempo, gol de Dimba.
Grafite fez o gol do empate ainda no primeiro tempo, aos 26 minutos, mas o São
Paulo não teve forças para virar o jogo, se despedindo das chances de ser
campeão uma rodada antes do fim do campeonato.
FICHA
DO JOGO
São
Paulo 1 x 1 Flamengo
Data:
12 de dezembro de 2004
Local:
Estádio do Morumbi
São
Paulo: Rogério Ceni; Fabão, Rodrigo e Lugano; Cicinho, César Sampaio (Nildo),
Renan, Danilo (Souza) e Cicinho; Daniel Tardelli e Grafite. Técnico: Leão
Flamengo:
Júlio César; China (Valentin), Júnior Baiano, André Bahia e Roger, Dá Silva,
Ibson, Jonatas e Zinho (Athirson); Whelliton (Júnior) e Dimba. Técnico: Andrade
Depois de 1 a 0 em casa, veio o título da Libertadores
Toda vez que se classificou para a fase seguinte da Libertadores após vencer o primeiro jogo em casa pelo placar de 1 a 0, o São Paulo foi campeão. No entanto, a vitória pelo placar mínimo no confronto de ida das quartas-de-final da Libertadores sobre o Atlético-MG está longe de representar tranquilidade para os são-paulinos. Nas últimas três vezes que o Tricolor disputou fases eliminatórias e venceu a primeira partida em casa por 1 a 0 na Taça Libertadores, acabou eliminado na casa do adversário. Em compensação, nas duas vezes em que se envolveu em confrontos eliminatórios, venceu pelo placar mínimo em casa e conquistou o resultado que lhe garantiu a passagem à fase seguinte no campo adversário, o São Paulo se sagrou campeão. Isso aconteceu em 1992 e em 1993, em confrontos disputadíssimos com Criciúma e Cerro Porteño, do Paraguai, respectivamente.
Em 1992, o Tricolor venceu o Criciúma pelo placar mínimo na partida de ida das quartas-de-final, realizada no Morumbi. Com gol de Macedo aos 37 minutos do segundo tempo, a partida foi marcada pelas jogadas violentas e catimba, que inclusive levaram à expulsão do capitão do Criciúma, Itá, no segundo tempo. A atuação da arbitragem gerou reclamações do técnico Telê Santana. E bate boca via imprensa entre ele e o técnico do Criciúma, Levir Culpi. O segundo jogo também foi tenso, o que levou a expulsão dos astros das duas equipes, Raí do São Paulo e Jairo Lenzi do Criciúma. O time de Santa Catarina abriu o placar logo aos nove minutos do primeiro tempo com Soares de cabeça, após cruzamento de Jairo Lenzi pela esquerda. Ainda na primeira etapa, o Criciúma mandou uma bola na trave do gol defendido por Zetti. O São Paulo empatou aos sete minutos do segundo tempo, com Palhinha, após passe de Rai. A expulsão dos astros dos dois times ocorreu faltando cinco minutos para o encerramento da partida, após uma confusão ocorrida porque os reservas do São Paulo seguraram a bola após um lateral. Naquele ano, o São Paulo se sagraria campeão em cima do argentino Newll's Old Boys, depois de passar pelo Barcelona do Equador na semifinal.
São Paulo campeão da Libertadores em 1992
Em 1993 o sufoco se repetiu após vitória por 1 a 0 no primeiro jogo das semifinais contra o Cerro Porteño, do Paraguai, no Morumbi. O time paraguaio, comandado pelo técnico brasileiro Paulo César Carpeggiani se fechou na defesa no jogo de ida. O Tricolor quase abre o placar aos 12 minutos, quando Palhinha mandou a bola no travessão de cabeça. Pouco depois, Raí aproveitou a sobra de bola de uma jogada em que Palhinha dividiu com a zaga paraguaia e de perna direita mandou para o fundo do gol defendido por Mondragón. O segundo jogo foi equilibrado, mas na parte final da partida o time paraguaio pressionou bastante. Aos 43 minutos do segundo tempo Ronaldo Luís salvou o Tricolor da derrota tirando de cabeça, em cima da linha do gol defendido por Zetti, uma bola cabeceada após escanteio pelo lado esquerdo do ataque do Cerro Porteño. Na final, o São Paulo conquistou o título em cima do Universidade Católica, do Chile.
Time que conquistou a Libertadores em 1993
Em todos os jogos que o São Paulo acabou eliminado em fase de mata-mata da Libertadores após vencer o primeiro confronto em casa por 1 a 0, os adversários foram times brasileiros. Em 2007, nas oitavas-de-final, o Tricolor bateu o Grêmio pelo placar mínimo em São Paulo, mas acabou eliminado ao ser derrotado por 2 a 0 no jogo de volta. No ano seguinte, nas quartas-de-final, o time paulista bateu o Fluminense em casa por 1 a 0, mas no jogo de volta foi derrotado por 3 a 1. A última eliminação ocorreu no ano passado, nas oitavas-de-final. Tanto São Paulo quanto Cruzeiro venceram por 1 a 0 em seus domínios, mas os mineiros prosseguiram na competição após baterem o Tricolor nos pênaltis por 4 a 3.
DEPOIS DO PLACAR MAGRO
Libertadores 1992
Jogo de Ida
São Paulo 1 x 0 Criciúma
Gol:Macedo Jogo de Volta
Criciúma 1 x 1 São Paulo
Gols:Soares (Criciúma); Palhinha (São Paulo)
Libertadores 1993
Jogo de Ida
São Paulo 1 x 0 Cerro Porteño (Paraguai)
Gol:Raí Jogo de Volta
Cerro Porteño 0 x 0 São Paulo
Libertadores 2007
Jogo de Ida
São Paulo 1 x 0 Grêmio
Gol:Miranda
Jogo de Volta
Grêmio 2 x 0 São Paulo
Gols: Tcheco e Diego Souza
Libertadores 2008
Jogo de Ida
São Paulo 1 x 0 Fluminense
Gol:Adriano Jogo de Volta
Fluminense 3 x 1 São Paulo
Gols:Washington (2) e Dodô (Fluminense); Adriano (São Paulo)
Fred pode ser artilheiro do Campeonato Brasileiro pela terceira vez
Quem é?
Centroavante conquista artilharia em 2012 e 2014
Dadá Maravilha, Túlio e Romário foram goleadores da competição três vezes
Quando o Fluminense entrar em campo neste domingo, dia 15, contra o América mineiro, fora de casa, o atacante Fred irá mirar em um novo recorde para a sua carreira: se juntar aos atacantes que mais vezes conquistaram o posto de artilheiro do Campeonato Brasileiro. Goleador máximo dos Brasileirões de 2012 e 2014, Fred tenta alcançar o feito pela terceira vez. Os jogadores que mais vezes se sagraram artilheiro da competição foram Dario, o Dadá Maravilha (em 1971, 1972 e 1976), Túlio (1989, 1994 e 1995) Romário (2000, 2001 e 2005).
Curioso é que a caminhada de Fred começa justamente contra o time que o revelou no início dos anos 2000. Mas, não houve nem tempo de Fred brilhar entre os profissionais do Coelho. Em 2003, ele foi contratado pelo Cruzeiro, time pelo qual marcou os primeiros gols no Brasileirão. Foram 14 gols em 2004, bem longe do artilheiro daquele ano, Washington, do Atlético-PR, que marcou 34 gols; e 10 gols em 2005, também distante do goleador máximo, o baixinho Romário, com 22 gols, pelo Vasco. Foi a última vez que Romário sagrou-se artilheiro do Brasileirão. Havia alcançado a conquista também em 2000, com 20 gols (ao lado de Magno Alves, do Fluminense, e Dill, do Goiás), e em 2001, com 21, em ambas as temporadas também pelo clube cruzmaltino.
Romário foi artilheiro do Brasileirão em 2000, 2001 e 2005
Antes dos 10 gols marcados no Brasileirão de 2005, Fred havia conquistado a artilharia do Campeonato Mineiro com 14 gols daquele ano. Mas não ficou com o título: o seu Cruzeiro perdeu a taça para o Ipatinga. O desempenho do artilheiro naquele ano chamou a atenção do futebol francês e o centroavante se transferiu para o Lyon. Na França faturou três títulos nacionais, mas não foi o goleador máximo de nenhuma dessas competições. Somente no Fluminense é que Fred alcançaria esse feito. "O Fluminense foi o clube que mais me fez crescer, porque cheguei a minha maturidade profissional", afirmou Fred em entrevista à Rede Globo em 2014.
Fred disputou dois Brasileirões pelo Cruzeiro
O artilheiro chegou ao Fluminense em 2009. Os números mostram que a readaptação ao futebol brasileiro não foi exatamente fácil. Naquele ano, fez 12 gols no Brasileirão, sete a menos que os artilheiros da competição, Diego Tardelli (Atlético-MG) e Adriano (Flamengo), que balançaram as redes adversárias 19 vezes cada um. Em 2010, Fred ainda não confirmava a vocação de grande artilheiro, tendo marcado apenas cinco gols na campanha do título brasileiro do Fluminense naquele ano. Em 2011, Fred começava uma fase matadora: foi artilheiro do Campeonato Carioca com 10 gols e vice-artilheiro do Brasileirão com 22, apenas um a menos que o goleador máximo do campeonato, o santista Borges. O ano seguinte seria, sem dúvida, o melhor do centroavante com a camisa do Tricolor Carioca. Foi artilheiro na campanha de campeão brasileiro do Fluminense de 2012, com 20 gols, e ainda foi campeão carioca. A segunda artilharia do Brasileirão seria conquistada em 2014, quando fez 18 gols.
QUEM MAIS CONQUISTOU A ARTILHARIA DO BRASILEIRÃO
3 TEMPORADAS
Dadá Maravilha
1971
15 gols (Atlético Mineiro)
1972
17 gols (Atlético Mineiro)
Dividido com Pedro Rocha (São Paulo)
1976
16 gols (Internacional)
Túlio
1989
11 gols (Goiás)
1994
19 gols (Botafogo)
Dividido com Amoroso (Guarani)
1995
23 gols (Botafogo)
Romário
2000
20 gols (Vasco)
Dividido com Magno Alves (Fluminense) e Dill (Goiás)
2001
21 gols (Vasco)
2005
22 gols (Vasco)
2 TEMPORADAS
Roberto Dinamite
1974
16 gols (Vasco)
1984
16 gols (Vasco)
Zico
1980
21 gols (Flamengo)
1982
20 gols (Flamengo)
Washington
2004
34 gols (Atlético Paranaense)
2008
21 gols (Fluminense)
Dividido com Keirrison (Coritiba) e Kléber Pereira (Santos)
Times já se enfrentaram oito vezes pela Taça Libertadores
História do jogo
Atlético 4 x 1 São Paulo, e três empates
Se depender da história do confronto entre São Paulo e Atlético-MG na Taça Libertadores da América, os são-paulinos podem preparar seus corações que as quartas-de-final não serão nada fáceis para os paulistas. Já os atleticanos tem bons motivos para ficar otimistas. Nos oito confrontos entre as duas equipes pela competição continental, o Galo leva ampla vantagem, com quatro vitórias. Houve, ainda, três empates e apenas uma vitória do time do Morumbi. Apesar de o confronto ter 44 anos de história na Libertadores, com a primeira disputa entre os clubes tendo ocorrido em 1972, a ampla vantagem do time mineiro foi construída apenas em 2013, ano em que foi campeão da competição, batendo o Olimpia, do Paraguai, na final. Naquele ano, o Galo aplicou a maior goleada do confronto: 4 a 1 no Estádio Independência.
Antes de 2013, ano em que as equipes se confrontaram quatro vezes, havia equilíbrio na disputa, apesar de ligeira vantagem do Galo. Os confrontos haviam ocorrido nas edições de 1972 e de 1978 do torneio sul-americano. Em 1972 pela primeira fase da competição foram dois empates: 2 a 2 no Mineirão e 0 a 0 no Morumbi. A equipe mineira era comandada por aquele que, vários anos depois, seria o mais celebrado técnico do São Paulo, o mestre Telê Santana. Na partida do Mineirão, em 30 de janeiro, o São Paulo teve o jogo nas mãos ao abrir 2 a 0 no marcador, com gols de Terto e Toninho Guerreiro, mas o Atlético conseguiu igualar o marcador com Vanderlei e depois o lendário Dadá Maravilha. Naquele ano, o Atlético acabou eliminado na primeira etapa da competição e o São Paulo caiu na segunda fase (semifinal). O argentino Independiente foi o campeão.
Telê Santana comandava o Atlético no início da década de 1970
Foi em 1978 que ocorreu o primeiro confronto em que não houve igualdade no placar. As disputas novamente ocorreram na primeira fase da competição. No jogo de ida, no Mineirão, a igualdade foi mantida, com as duas equipes empatando em 1 a 1. O uruguaio Dario Pereira marcou para o São Paulo, enquanto Serginho (não o Chulapa) empatou para os mineiros. Foi no Morumbi, em 9 de abril de 1978, que o Atlético começou a construir sua vantagem no confronto. A equipe mineira venceu por 2 a 1 com gols de Serginho e Paulo Isidoro, enquanto Miranda anotou para o Tricolor. As trajetórias das equipes se inverteram na competição naquele ano em relação a 1972. O Tricolor foi eliminado na primeira fase e o Atlético na segunda (semifinal). Novamente o título ficou com um argentino, o Boca Juniors.
Dario Pereira fez o gol do São Paulo no empate do Mineirão
Nos quarto confrontos seguintes, todos em 2013, o Atlético consolidou a sua vantagem sobre o Tricolor com um time comandado por Ronaldinho Gaúcho dentro de campo e pelo técnico Cuca fora dele. A equipe mineira conquistou a Libertadores daquele ano contando ainda com nomes como o goleiro Vitor, o zagueiro Raver e os atacantes Bernard, Jô e Diego Tardelli. Foi na fase de grupos que o São Paulo conquistou sua única vitória sobre o Galo nesses confrontos. Foi no jogo de volta (na partida de ida o Atlético venceu por 2 a 1 ), no Morumbi, no dia 17 de abril: 2 a 0, com gols de Rogério Ceni (pênalti) e Ademilson. Os dois times voltaram a se enfrentar nas oitavas-de-final, e a superioridade do time mineiro foi gritante, tanto que no segundo jogo dessa etapa, no dia 8 de maio, o Galo aplicou o maior placar de todos os confrontos: 4 a 1, no Mineirão (na primeira partida das oitavas, o Galo também venceu, por 2 a 1, em São Paulo). Três dos quatro gols do Atlético foram marcados por Jô, enquanto Tardelli anotou um. Luis Fabiano fez o gol de honra do São Paulo quando o jogo estava 4 a 0.
Ronaldinho Gaúcho comandou o Atlético em 2013
SÃO PAULO E ATLÉTICO NA LIBERTADORES
Libertadores 1972 - Primeira fase
Atlético-MG 2 x 2 São Paulo
Data e local: 30 de janeiro no Mineirão
Gols: Vanderlei e Dada Maravilha para o Atlético; Toninho Guerreiro e Terto para o São Paulo
Libertadores 1972 - Primeira fase
São Paulo 0 x 0 Atlético-MG
Data e local: 9 de março no Estádio do Morumbi
Libertadores 1978 - Primeira fase
Atlético-MG 1 x 1 São Paulo
Data e local: 15 de março no Mineirão
Gols: Serginho para o Atlético; Dario Pereira para o São Paulo
Libertadores 1978 - Primeira fase
São Paulo 1 x 2 Atlético-MG
Data e local: 9 de abril no Estádio do Morumbi
Gols: Mirandinha para o São Paulo; Paulo Isidoro e Serginho para o Atlético
Libertadores 2013 - Primeira fase
Atlético-MG 2 x 1 São Paulo
Data e local: 13 de fevereiro em Estádio Independência
Gols: Réver e Jô para o Atlético; Aloísio para o São Paulo
Libertadores 2013 - Primeira fase
São Paulo 2 x 0 Atlético-MG
Data e local: 17 de abril no Estádio do Morumbi
Gols: Rogério Ceni e Ademilson
Libertadores 2013 - Oitavas de final
São Paulo 1 x 2 Atlético-MG
Data e local: 2 de maio de 2013 no Morumbi
Gols: Jadson para o São Paulo; Ronaldinho Gaúcho e Diego Tardelli para o Atlético
Libertadores 2013 - Oitavas de final
Atlético-MG 4 x 1 São Paulo
Data e local: 8 de maio no Estádio Independência
Gols: Jô (3) e Diego Tardelli para o Atlético; Luís Fabiano para o São Paulo
Rogério perdeu pênalti, mas depois defendeu duas cobranças do Universitário
História do jogo
São Paulo nas quartas de final da Libertadores
E já se vão seis anos desde que o São Paulo conseguiu conquistar pela última vez uma vaga nas quartas-de-final da Taça Libertadores da América, como deve ocorrer nesta quarta-feira, dia 4, em confronto com o Toluca do México, na casa do adversário - graças à vitória por 4 a 0 conquistada no Morumbi na semana passada. Da última vez que o Tricolor passou pelas oitavas-de-final, não foi tão fácil. Foi emoção até o fim. A classificação foi garantida na disputa de pênaltis após dois 0 a 0 contra o Universitário do Peru. São Paulo e Universitário chegaram as oitavas de final ostentando a melhor defesa da primeira fase da competição, ao lado do Internacional (RS), com apenas dois gols sofridos em seis jogos.
O primeiro confronto entre o Tricolor e os peruanos, no dia 28 de abril de 2010, foi realizado em Lima, no Peru. Era o jogo número 900 de Rogério Ceni pelo time do Morumbi. Apesar de estar na casa do adversário, o São Paulo foi melhor. No primeiro tempo, dominou amplamente, e logo aos seis minutos mandou uma bola na trave direita do gol defendido por Llontop em chute de Cicinho de fora da área. Na segunda etapa, o São Paulo, comandado pelo técnico Ricardo Gomes, continuou dominando amplamente a partida, mas o panorama mudou aos 19 minutos com a expulsão de Richarlyson. Mesmo assim, o jogo ficou equilibrado e o Tricolor garantiu o empate fora de casa.
Jogando no Morumbi, no dia 5 de maio, a superioridade do São Paulo foi ainda maior. De acordo com reportagem da Folha de S.Paulo da época, o Tricolor finalizou 20 vezes, entre chutes que foram em direção ao gol e para fora - média de um arremate a cada quatro minutos e meio. Duas delas se chocaram contra a trave: aos 18 minutos da primeira etapa, Rodrigo Souto mandou no travessão de cabeça após cobrança de escanteio pelo lado esquerdo do ataque são-paulino; e aos sete do segundo tempo Marlos chutou no travessão com o gol livre após cruzamento de Dagoberto. A disputa por pênaltis não começou nada bem para o São Paulo: Ramírez converteu para o Universitário; Rogério Ceni, batedor oficial do Tricolor, teve sua cobrança defendida por Llontop. O silêncio tomou conta do Morumbi, mas Rogério Ceni mostrou toda a sua estrela nas duas cobranças seguintes do time peruano, defendeu os chutes de Alva e Carlos Gálvan. Enquanto isso, Hernanes e Marcelinho Paraíba viravam o placar para o Tricolor. Labarthe chutou para fora a quarta cobrança dos peruanos. Dagoberto foi encarregado de marcar o pênalti que garantiu a classificação do São Paulo.
Nas quartas-de-final o São Paulo bateu o Cruzeiro duas vezes por 2 a 0. Mas, na semifinal acabou eliminado pelo Internacional após perder no Rio Grande do Sul por 1 a 0 e vencer em São Paulo por 2 a 1. O Inter foi campeão da Libertadores naquele ano batendo o Chivas Guadalajara, do México, na final.
FICHAS DOS JOGOS
UNIVERSITÁRIO (PERU) 0 x 0 SÃO PAULO
Taça Libertadores da América 2010 - Oitavas-de-final (jogo de ida)
Data: 28 de abril de 2010
Local: Estádio Monumental de Lima (Peru)
Universitário (Peru): Llontop; Carmona (Miguel Torrez), Galván, Revoredo e Rabanal; Rainer Torrez, González (Hernandez); Espinosa, Vásquez (Ruídiaz); Alva e Piriz Alves. Técnico: Juan Reynoso.
São Paulo: Rogério Ceni; Cicinho (Jean), Alex Silva, Miranda e Richarlyson; Rodrigo Souto, Hernannes, Jorge Wagner e Marlos (Júnior César); Dagoberto e Washington (Renato Silva). Técnico: Ricardo Gomes.
SÃO PAULO 0 x 0 UNIVERSITÁRIO (PERU) (3 a 1 nos pênaltis)
Taça Libertadores da América 2010 - Oitavas-de-final (Jogo de volta)
Data: 4 de maio de 2010
Local: Estádio do Morumbi
São Paulo: Rogério Ceni; Cicinho (Jean), Alex Silva, Miranda e Júnior César; Rodrigo Souto, Hernandes, Jorge Wagner (Washington) e Marlos; Dagoberto e Fernandinho (Marcelinho). Técnico: Ricardo Gomes
Universitário (Peru): Llontop; Carmona, Revoredo e Galván; Ravanal, Espinosa, Vásques (Miguel Torrez), Hernández e Rainer Torrez (Ramírez); Alva e Piriz Alves (Labarthes) . Técnico: Juan Reynoso.
Pênaltis: converteram para o São Paulo Hernanes, Marcelinho Paraíba e Dagoberto; para o Universitário, Ramírez
Centurión fez seis gols em 2015 jogando pelo São Paulo
Quem é?
Argentino marcou 2 vezes contra o Toluca
Os dois
gols marcados por Centurión na vitória de 4 a 0 do São Paulo sobre o Toluca, do
México, no primeiro confronto dos dois times pelas oitavas-de-final da Taça
Libertadores da América representam um recorde na carreira do jogador. Revelado
pelo Racing da Argentina, o atacante de 23 anos nunca havia feito mais de um
gol em uma partida de acordo com levantamento feito pelo blog Histórias da Bola
em sites especializados em esportes. Nos três anos em que atuou como
profissional no Racing, o atacante fez sete gols, três em 2012, um em 2013 e
três em 2014. Na temporada 2013/2014, o atacante também atuou no Genoa da
Itália por empréstimo, mas não chegou a fazer nenhum gol. No São Paulo, onde
chegou no ano passado, Centurión balançou as redes oito vezes. Os dois gols
contra o Toluca foram os primeiros marcados este ano.
Já fazia
sete meses que Centurión não balançava as redes. O último gol que havia marcado
foi pelas quartas-de-final da Copa do Brasil do ano passado, em empate em um
gol do São Paulo com o Vasco, no jogo de volta, no dia 30 de setembro. Na
primeira partida, o São Paulo havia vencido por 3 a 0. No ano passado, o argentino fez seis gols com a camisa tricolor. Com os dois gols
marcados sobre o Toluca, Centurión também iguala o seu melhor desempenho como
artilheiro em Libertadores. Foram dois gols que o argentino marcou na
competição continental no ano passado. Na fase de grupos anotou contra o
Danúbio, da Argentina, na vitória do Tricolor por 2 a 1 fora de casa. Nas
oitavas-de-final foi o autor do gol do 1 a 0 sobre o Cruzeiro no jogo de ida
realizado no Morumbi. O São Paulo perderia pelo mesmo placar na partida fora de
casa e seria desclassificado nos pênaltis.
Coloque nos comentários sugestões de temas sobre os quais
você gostaria de ler aqui no blog HISTÓRIAS DA BOLA
Dorival pode conquistar Paulistão após quatro anos sem títulos
História da Taça
Última taça do técnico veio em 2012 no Inter
Treinador foi campeão Gaúcho dois anos após deixar o Santos
A final contra o Audax, que começa neste domingo, dia 1º, é a oportunidade do técnico do Santos, Dorival Júnior, de quebrar um jejum de quatro anos sem levantar uma taça. Depois de sua passagem vitoriosa pelo Santos - quanto conquistou o Campeonato Paulista e a Copa do Brasil em 2010 - o treinador ergueu apenas duas taças, ambas pelo Internacional de Porto Alegre. Aliás, uma coincidência marca a última conquista de Dorival, o primeiro título dele pelo Peixe e a atual final. Tanto na decisão de 2010 pelo Santos quanto no confronto final a do Campeonato Gaúcho de 2012 o adversário era um time de fora da elite do futebol, como ocorre agora. Há seis anos o jogo que garantiu o título paulista da equipe praiana foi contra o Santo André. E o Gauchão de 2012 foi conquistado sobre o Caxias - o Grêmio ficou fora da decisão por não ter vencido nenhum dos dois turnos do torneio: o Caxias venceu o primeiro turno e o Internacional o segundo.
Dorival conquistou dois títulos no Inter
Depois da saída do Santos, motivada principalmente pelas desavenças com o atacante Neymar, Dorival trabalhou no Atlético Mineiro, mas não conquistou nenhum título pelo Galo. No Internacional, além do Gaúcho de 2012, o treinador levantou a Recopa Sul-Americana de 2011, em decisão contra o Independiente, da Argentina. Mas, voltando ao estadual, o título gaúcho de 2012 foi, como ocorreu no paulista de 2010, bastante sofrido. Lutado até o finalzinho. Em 2010, o Santos ficou com a taça após ser derrotado pelo Santo André por 3 a 2 porque havia vencido o primeiro jogo pelo mesmo placar - por ter melhor campanha, resultados iguais garantiam a taça ao Peixe. E o Santo André pressionou até o fim em busca do gol que lhe daria o título. Quem não se lembra da cena do Paulo Henrique Ganso se negando a ser substituído por Dorival Júnior, para ajudar o time a segurar a bola nos momentos de maior pressão? Naquela partida, o Santos correu atrás do prejuízo desde o primeiro minuto: Nunes abriu o placar para o Santo André logo a um minuto de jogo; Neymar empatou aos sete; Alê colocou o time do ABC novamente em vantagem aos 20 minutos; aos 32, novamente Neymar, empatou; e aos 44 minutos Branquinho fez o terceiro do Santo André. O segundo tempo foi de pressão total para o Santos, mas a equipe de Dorival segurou o placar e levantou a taça.
Na decisão do Campeonato Gaúcho de 2012 também não faltou emoção para
Dorival e a torcida colorada. No primeiro jogo, disputado em Caxias do Sul, o resultado foi 1 a 1. Na partida decisiva, no Beira Rio, o Caxias abriu o marcador aos 27 minutos, com Michel, de cabeça. Até o Internacional chegar ao empate foram 39 minutos de sofrimento para a torcida colorada. O time do interior foi para o vestiário em vantagem ao término do primeiro tempo. O goleiro Paulo Sérgio, do Caxias, fazia ótima partida. Na segunda etapa, com o Caxias ainda em vantagem, Paulo Sérgio defendeu um pênalti sofrido por Oscar e batido pelo zagueiro Nei. O empate veio apenas aos 21 minutos: depois de cruzamento de Oscar pela direita houve um bate-rebate na área e o meia Sandro Silva aproveitou a sobra para igualar o marcador. Aos 31 minutos, após cruzamento de Fabrício pela esquerda, o centroavante Leandro Damião colocou, de cabeça, o Colorado em vantagem. A tensão se estendeu até os minutos finais. Dorival acabou expulso após reclamar agressivamente contra o bandeirinha depois de uma falta em Dagoberto. E, aos 44 minutos, o goleiro do Inter, Muriel, ainda teve de fazer uma defesa milagrosa em chute da entrada da área do meia Wangler.
Dorival deixou o Internacional em julho de 2012, dois meses após a conquista do Campeonato Gaúcho. No mesmo mês, o treinador foi contratado pelo Flamengo. Passou em branco no rubro-negro e nos outros três clubes em que passou em seguida, o Vasco, o Fluminense e o Palmeiras. Agora chegou a chance de por fim aos tempos de vacas magras de títulos e, pelo histórico do treinador em finais contra clubes de menor expressão, já é possível para o santista prever como será o confronto contra o Audax, principalmente se considerarmos a boa fase da equipe de Osasco.
O ÚLTIMO TÍTULO DE DORIVAL JÚNIOR
FICHA TÉCNICA
INTERNACIONAL 2 X 1 CAXIAS
Local: Estádio Beira Rio
Data: 13 de maio de 2012
INTERNACIONAL: Muriel, Nei, Rodrigo Moledo, Índio e Fabrício; Sandro Silva, Guiñazu, Tinga (D'Alessandro) e Dátolo (Dagoberto);Oscar e Leandro Damião. Técnico: Dorival Júnior.
CAXIAS: Paulo Sérgio, Michel, Lacerda, Jean e Fabinho; Umberto (Marcos Paulo), Paraná (Alisson), Mateus e Wangler; Vanderlei (Rafael Santiago) e Caion. Técnico: Mauro Ovelha.
Gols: Michel 26' do 1º; Sandro Silva 21' e Leandro Damião 26' do 2º