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quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Copa do Brasil pode ter repeteco de finalistas

Felipão conquistou duas Copas do Brasil para o Palmeiras

História da taça

Chaveamento possibilita repetição de quatro finais

Entre as decisões que podem ocorrer está Palmeiras e Cruzeiro


O agrupamento dos times nas oitavas de final da Copa do Brasil - que teve início ontem com vitória do Vasco sobre o Nacional-AM por 2 a 0 - pode fazer com que haja a repetição de final ocorrida em anos anteriores. Entre as 64 decisões possíveis, quatro confrontos já foram final da competição. Uma dessas partidas já apontou o campeão do torneio duas vezes: Palmeiras e Cruzeiro decidiram a taça em 1996 e em 1998. Cada um deles levou vantagem em uma das disputas. Pode ser a hora do desempate. Para isso, no entanto, o primeiro passo para o Cruzeiro será passar pelo Flamengo, e o ponto de partida do Palmeiras é superar o Atlético-PR. Os outros jogos que já decidiram a Copa do Brasil e podem se repetir são: Grêmio e Flamengo (1997); Cruzeiro e Grêmio (1993); e Internacional e Fluminense (1992). Veja abaixo como foram as decisões protagonizadas por essas equipes.

1992 - Internacional x Fluminense
O Internacional chegou à final após passar pelo Palmeiras com duas vitórias (2 a 0 e 2 a 1), enquanto o Fluminense se credenciou à decisão eliminando o Sport na semifinal, com uma vitória por 2 a 1 e um empate em 1 a 1. No primeiro jogo da final, o Fluminense venceu por 2 a 1, no Estádio das Laranjeiras, no Rio, gols de Vágner e Ézio para o time carioca e de Caíco para os gaúchos. No jogo de volta, no Beira Rio, o Inter venceu por 1 a 0 em um jogo emocionante. Os gaúchos pressionaram desde o primeiro minuto, enquanto o Fluminense se limitava a defender. No segundo tempo a pressão do Inter aumentou ainda mais com a expulsão do lateral-direito Zé Teodoro do Fluminense. Mas, somente quando faltavam dois minutos para o encerramento da partida o Colorado fez o gol da vitória. Pinga sofreu pênalti, batido por Célio Silva: rasteiro, no meio do gol. O Inter conquistava a sua primeira (e única até hoje) Copa do Brasil.




A decisão
Internacional 1 x 0 Fluminense
Data: 13 de dezembro de 1992
Local: Estádio Beira Rio (Porto Alegre-RS)
Internacional: Fernandes. Célio Lino, Célio Silva, Pinga e Daniel Franco; Ricardo, Élson (Luciano) e Marquinhos; Maurício, Gérson (Nando) e Caíco. Técnico: Antônio Lopes.
Fluminense: Jéfferson; Zé Teodoro, Vica, Sandro (Carlinhos Itaberá), Souza e Lira; Pires, Bobô e Sérgio Manoel; Vágner e Ézio. Técnico: Sérgio Cosme.
Gol: Célio Silva (pênalti), aos 43 minutos do 2º tempo.


1993 - Cruzeiro x Grêmio
O Cruzeiro conquistou a vaga à final da Copa do Brasil de 1993 ao passar pelo Vasco com uma vitória (3 a 1) e um empate (1 a 1). Já o Grêmio se classificou com uma derrota (4 a 3) e uma vitória (1 a 0) diante do Flamengo - o clube gaúcho passou à final por ter feito três gols fora de casa. Na primeira partida da decisão, no Estádio Olímpico, em Porto Alegre, houve empate em 0 a 0. No jogo final, no Mineirão, em Belo Horizonte, os mineiros venceram por 2 a 1. O Cruzeiro abriu o placar com um chute de fora da área de Roberto Gaúcho, aos 12 minutos do primeiro tempo, graças à falha do goleiro Eduardo, que deixou a bola passar pelo meio de suas pernas. O Grêmio passou a pressionar os mineiros, e chegou ao empate aos 25 minutos, gol do zagueiro Pingo de cabeça após cobrança de escanteio pela direita. No segundo tempo não houve tempo nem do Grêmio se aquecer: aos 20 segundos, Cleison fez de cabeça após cruzamento de Paulo Roberto pelo lado direito do ataque. Apesar da vantagem, o time mineiro se manteve no ataque e só não ampliou o placar graças às bolas defesas do goleiro Eduardo. Foi o primeiro de quatro títulos do clube mineiro na Copa do Brasil.






A decisão
Cruzeiro 2 x 1 Grêmio
Data: 3 de junho de 1993
Local: Mineirão (Belo Horizonte-MG)
Cruzeiro: Paulo César; Paulo Roberto, Célio Lúcio, Róbson e Nonato; Ademir, Rogério Lage e Éder; Roberto Gaúcho, Cleison e Edenílson. Técnico: Pinheiro.
Grêmio: Eduardo; Jackson, Paulão, Luciano e Dida (Charles); Pingo, Jamir (Fabinho), Juninho e Dêner; Gilson e Carlos Miguel. Técnico: Sérgio Cosme.
Gols: Roberto Gaúcho aos 12 minutos do 1º tempo; Pingo aos 25 minutos do 1º tempo; e Cleison aos 20 segundos do 2º tempo.

1996 - Cruzeiro x Palmeiras
O Cruzeiro chegou à final da Copa do Brasil de 1996 após passar pelo Flamengo na semifinal - com dois empates (1 a 1 e 0 a 0), beneficiando-se do critério de desempate por ter feito mais gols fora de casa. Já o Palmeiras garantiu a vaga para a decisão no saldo de gols: venceu o Grêmio por 3 a 1 em São Paulo e foi derrotado por 2 a 1 no Sul. A equipe do Parque Antártica tinha como arma o centroavante Luisão, artilheiro da Copa do Brasil, até então com sete gols. Disputado no Mineirão, o primeiro jogo da decisão terminou 1 a 1, com o zagueiro Cláudio abrindo o placar para o Palmeiras e Marcelo Ramos igualando o marcador. Na decisão no Parque Antártica, o Palmeiras poderia até empatar sem gols que ficaria com a taça. Para piorar a situação dos mineiros, logo aos 5 minutos de jogo Luisão fez jus à boa fase e abriu o marcador após cruzamento de Rivaldo. Era o oitavo gol do atacante no torneio, o que o garantiu como artilheiro da competição. O Cruzeiro chegou ao empate após 20 minutos: depois de falha bisonha do volante Amaral, que furou ao tentar dar um chutão para afastar a bola da grande área, a bola sobrou para Roberto Gaúcho marcar. Depois do empate, o Palmeiras permaneceu melhor em campo e obrigou o goleiro Dida, do Cruzeiro, a fazer grandes defesas. Até que, faltando oito minutos para o fim do tempo regulamentar, Roberto Gaúcho arrancou pela esquerda e cruzou para Marcelo Ramos fazer de cabeça o gol do título. Foi o segundo de quatro títulos do Cruzeiro na Copa do Brasil.





A decisão
Palmeiras 1 x 2 Cruzeiro
Data: 19 de junho de 1996
Local: Parque Antártica (São Paulo-SP)
Palmeiras: Velloso; Cafu, Sandro, Cléber e Júnior; Cláudio (Reinaldo), Amaral, Marquinhos (Cris) e Djalminha; Luizão e Rivaldo. Técnico: Wanderley Luxemburgo.
Cruzeiro: Dida; Vítor, Gélso Baresi, Célio Lúcio e Nonato; Fabinho, Ricardinho, Palhinha (Edmundo) e Roberto Gaúcho; Marcelo Ramos e Cleison. Técnico: Levir Culpi.
Gols: Luisão, aos 5 minutos do 1º tempo; Roberto Gaúcho, aos 25 minutos do 1º tempo; e Marcelo Ramos, aos 37 minutos do 2º tempo.



1997 - Grêmio x Flamengo
Os dois finalistas de 1997 chegaram à decisão depois de terem passado por times paulistas na semifinal. O Grêmio eliminou o Corinthians com uma vitória (2 a 1) e um empate (1 a 1). E o Flamengo venceu o Palmeiras duas vezes (2 a 0 e 1 a 0). O time gaúcho chegou à final com a vantagem de ter o artilheiro da competição, Paulo Nunes, com nove gols. Nos dois confrontos pela taça, no entanto, o goleador não balançou as redes. No primeiro jogo, no Estádio Olímpico, em Porto Alegre, o placar foi 0 a 0. Um novo empate, desta vez por 2 a 2, no Maracanã, no Rio, deu o título aos gaúchos. O Grêmio abriu o marcador logo aos 6 minutos com gol de João Antônio, que passou pelo zagueiro Fabiano enfiando a bola pelo meio de suas pernas. Com gols de Lúcio (que entrou no lugar de Sávio machucado) e Romário, o Flamengo virou o placar ainda no primeiro tempo. No segundo tempo, as chances se sucederam de lado a lado até que o Grêmio chegou ao empate aos 34 minutos. Antes, os gaúchos haviam mandado uma bola na trave com Émerson. O gol que decretou a igualdade no placar foi de Carlos Miguel após cruzamento do lateral Roger. O Grêmio levantava pela terceira vez (de quatro) o troféu da Copa do Brasil.



A decisão
Flamengo 2 x 2 Grêmio
Data: 22 de maio de 1997
Local: Estádio do Maracanã (Rio de Janeiro - RJ)
Flamengo: Zé Carlos; Fábio Baiano, Luís Alberto, Fabiano e Athirson; Jamir, Maurinho, Evandro e Nélio (Iranildo);  Romário e Sávio (Lúcio). Técnico: Sebastião Rocha.
Grêmio: Danrlei; Arce, Rivarola (Luciano), Mauro Galvão e Roger; Otacílio, João Antônio, Emerson e Carlos Miguel; Paulo Nunes (Djair) e Rodrigo Gral (Marcos Paulo). Técnico: Evaristo de Macedo.
Gols: João Antônio, aos 6 minutos do 1º tempo; Lúcio, aos 30 minutos do 1º tempo; Romário, aos 40 minutos do 1º tempo; e Carlos Miguel, aos 34 minutos do 2º tempo.

1998 - Palmeiras x Cruzeiro
Para chegar à final da Copa do Brasil de 1998, o Palmeiras eliminou o Santos. Foram dois empates (1 a 1 e  2 a 2), com o clube do Parque Antártica se beneficiando do critério de desempate de ter marcado mais gols fora de casa. Já o Cruzeiro conquistou a vaga na decisão com uma vitória (2 a 0) e um empate (0 a 0) frente ao Vasco. No primeiro jogo da decisão, no Mineirão, o Cruzeiro venceu por 1 a 0, gol de Fábio Júnior. No jogo final, no Estádio do Morumbi, em São Paulo, o Palmeiras tinha a chance de devolver a derrota de dois anos antes, quando o time mineiro foi campeão em pleno território alviverde. Desta vez, o Palmeiras, treinado por Luiz Felipe Scolari, não decepcionou, venceu por 2 a 0. O atacante Paulo Nunes abriu o marcador aos 12 minutos do primeiro tempo aproveitando cruzamento pela direita de Oséas. De garçom, Oséas passou a finalizador anotando o segundo gol aos 44 minutos do segundo tempo, ao aproveitar rebote do goleiro Paulo César após falta cobrada por Zinho. O Palmeiras conquistava pela primeira vez a Copa do Brasil. A segunda foi no ano passado, também sob o comando de Felipão. 





A decisão
Palmeiras 2 x 0 Cruzeiro
Data: 30 de maio de 1998
Local: Estádio do Morumbi
Palmeiras: Velloso; Neném, Cléber, Roque Júnior e Júnior; Galeano, Rogério, Alex (Arílson) e Zinho; Paulo Nunes (Almir), Oséas (Pedrinho). Técnico: Luiz Felipe Scolari.
Cruzeiro: Paulo César; Gustavo, Marcelo Djian, Wilson Gottardo e Gilberto; Valdir, Ricardinho, Marcos Paulo e Elivélton (Geovanne); Betinho (Caio) e Marcelo Ramos. Técnico: Levir Culpi
Gols: Paulo Nunes, aos 12 minutos do primeiro tempo; e Oséas, aos 44 minutos do segundo tempo.

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