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quarta-feira, 19 de março de 2014

Morte do técnico que lançou Zico completa 30 anos

Solich: revelou craques e deu títulos ao Mengo

Quem é?


Fleitas Solich: tricampeão com o Mengo na década de 50


Treinador paraguaio revelou craques como Zagallo, Evaristo e Dida na Gávea



Zico foi lançado
por Solich
Há pouco mais de 40 anos entrou em campo pela primeira vez como profissional aquele que se tornaria o maior ídolo da história do Flamengo: Zico. E a chance do Galinho de Quintino jogar no time principal da Gávea - aos 18 anos e ainda muito franzino, no dia 29 de julho de 1971, em uma vitória por 2 a 1 sobre o Vasco - se deu pelas mãos de um dos maiores treinadores que já passou pelo clube, o paraguaio Fleitas Solich, cuja morte completa 30 anos nesta quarta-feira, dia 19.

Tricampeão Carioca
Dar a primeira chance à Zico foi o "trabalho derradeiro" de Fleitas Solich no Flamengo, mas está longe de ser o seu único mérito à frente do time rubro-negro. Dezoito anos antes, o técnico paraguaio foi contratado para reformular, chacoalhar mesmo, as coisas na Gávea. O resultado foi o tricampeonato carioca de 1953, 1954 e 1955. Solich chegou ao clube depois de chamar a atenção dos dirigentes rubro-negros ao comandar a Seleção Paraguaia no Campeonato Sul-Americano de 1953, disputado no Peru, em que os paraguaios conquistaram o título com uma vitória de 3 a 2 sobre o Brasil.


Rolo Compressor

Solich ao lado de Evaristo
Na sua primeira passagem pelo clube carioca, Solich renovou a mentalidade futebolística, implantando um sistema mais solidário e voltado para o ataque. Quando conquistou o Campeonato Carioca de 1953, o Flamengo já estava há nove anos sem levantar a taça. Nos três anos em que comandou a equipe, Solich promoveu vários jovens da base: Evaristo, Zagallo, Dida, Babá, Moacir, Gérson, Henrique Frade, Joel e Airton. Com uma visão tática apurada, fez com que o Flamengo passasse a ser conhecido como "Rolo Compressor". Era um paternalista e ao mesmo tempo muito rigoroso. Não permitia, por exemplo, que os jogadores fumassem.

Outros clubes
Zagallo foi outra apostao
Depois do sucesso no Flamengo, foi para o Real Madrid em 1959, mas voltou logo. Em 1961 deu um novo título para o time da Gávea, o Torneio Rio São Paulo. Antes de sua última passagem pelo Flamengo, que se daria 10 anos depois, treinou novamente a Seleção Paraguaia, Corinthians, Fluminense, Palmeiras, Atlético Mineiro e Bahia, mas nunca repetiu o mesmo sucesso que no Flamengo. No Palmeiras, comandou a equipe durante parte da campanha da conquista do Campeonato Paulista de 1966, mas quando a equipe levantou a taça quem estava dirigindo o time já era Mário Travaglini. No Bahia foi campeão estadual em 1970 e 1971. A passagem pelo Flamengo em 1971 foi seu último trabalho. Morreu 13 anos depois, de câncer, aos 83 anos, e foi sepultado Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro.



O TRICAMPEONATO CARIOCA
Times base das conquistas

1953
Garcia, Marinho, Pavão, Servílio, Dequinha, Jordan, Joel, Rubens, Índio, Benitez e Esquerdinha.

1954
Garcia, Tamires, Pavão (Luiz Roberto), Servilio, Dequinha, Jadir (Jordan), Paulinho, Rubens (Babá), Índio, Benitez e Evaristo

1955
Chamorro, Tomires, Pavão, Jadir (Servilio), Dequinha, Jordan, Joel, Duca, Paulinho (Dida), Evaristo e Zagalo.

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