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segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Clodoaldo: taça e vingança contra o Uruguai em 70

Liberdade para ir ao ataque na Copa de 1970


Quem é?


Volante fez o 1º gol do Brasil contra a Celeste no México


Jogador foi titular nas seis partidas da campanha da Copa do Mundo de 1970


O volante Clodoaldo participou de apenas uma Copa do Mundo, mas foi o suficiente para deixar o seu nome marcado na história do futebol brasileiro. Clodoaldo, que herdou o lugar do bicampeão mundial Zito no Santos e fez jus a essa posição também na Seleção Brasileira, foi titular da equipe que levantou o tricampeonato mundial no México, em 1970, título que deu ao Brasil o direito de ficar definitivamente com a Taça Jules Rimet. Além da função de proteger a defesa, o técnico Zagallo deu ao volante a liberdade para apoiar o ataque, e Clodoaldo não desperdiçou essa chance marcando um dos 19 gols da equipe no torneio. O jogador foi o homenageado de 12 de novembro da coleção "Os Caras das Copas", da Folha de S.Paulo, que traz, diariamente, uma figurinha-caricatura de um jogador que se destacou em mundiais da Fifa. A figura de Clodoaldo é a de número 212.



Redenção
Fez o gol que igualou o placar na partida contra o Uruguai
Clodoaldo foi titular nas seis partidas da campanha brasileira do tricampeonato mundial. Mas, possivelmente, apenas a final foi tão marcante quanto o confronto com o Uruguai pelas semifinais do torneio. O jogo contra a Celeste trouxe para os brasileiros a redenção 20 anos depois da mais dramática derrota já sofrida pela Seleção Brasileira em uma Copa: a virada na decisão do mundial de 1950. E Clodoaldo teve participação decisiva nessa redenção, materializada em uma vitória de virada por 3 a 1. Foi o volante quem empatou a partida para a equipe canarinho com um gol aos 44 minutos do primeiro tempo - o Uruguai havia aberto o marcador aos 19 minutos com Luis Cubilla. Faltando um minuto para o fim da etapa inicial, Clodoaldo passou a bola a Tostão - que estava posicionado no lado esquerdo do ataque brasileiro - e disparou em direção à área uruguaia. Notando a infiltração do volante, Tostão meteu a bola na medida e Clodoaldo bateu de primeira, de perna direita, sem chance para o goleiro Mazurkiewicz. Na segunda etapa, Jairzinho e Rivelino deram números finais ao placar. Quatro dias depois, o time de Zagalo bateu a Itália por 4 a 1 e se sagrou campeão.

Santos

Herdeiro de Zito no Santos
Com exceção do último ano de sua carreira, em 1981, quando vestiu a camisa do Nacional do Amazonas, Clodoaldo defendeu apenas o Santos. Pegou o fim da era Pelé, mas ainda foi possível jogar ao lado de monstros sagrados do futebol brasileiro que até pouco tempo antes eram seus ídolos. Com a camisa santista conquistou os campeonatos paulistas de 1967, 1968, 1969, 1973 (dividido com a Portuguesa depois de erro do juiz Armando Marques) e 1978. Levantou ainda o Torneio Roberto Gomes Pedrosa - competição precursora do Campeonato Brasileiro- de 1968, que foi decidido em um quadrangular do qual participaram, além do Peixe, o Internacional, o Vasco e o Palmeiras.




CLODOALDO NOS MUNDIAIS

Copa de 1970 - México
3 de junho - Brasil 4 x 1 Tchecoslováquia (Fase de grupos)
7 de junho - Brasil 1 x 0 Inglaterra (Fase de grupos)
10 de junho - Brasil 3 x 2 Romênia (Fase de grupos)
14 de junho - Brasil 4 x 2 Peru (Quartas de final)
17 de junho - Brasil 3 x 1 Uruguai (Semifinal)
Obs.: Clodoaldo fez o primeiro gol do Brasil
21 de junho - Brasil 4 x 1 Itália (Final)
Obs.: Brasil campeão mundial

"Os Caras das Copas"
 A coleção "Os Caras das Copas" da Folha de S. Paulo é composta por figurinhas-caricaturas recortáveis com 6x5 centímetros. A primeira foi publicada quando faltavam 365 dias para a abertura da Copa do Mundo. Nos dias subsequentes, a numeração foi regredindo, fazendo a contagem regressiva para o início do Mundial. No link folha.com.br/fg16866 é possível conferir todas as imagens publicadas

Um comentário:

  1. Gol que soltou o grito da torcida brasileira, de desabafo e partida para a virada...sensacional depois que Carlos Alberto pediu para Clodoaldo ir para a frente, estupendo...histórico

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